sábado, 8 de junho de 2013

CAVALEIROS DO APOCALIPSE


Olá leitores, como tem passado? Espero que bem... Bom, hoje resolvi fazer algo um pouco diferente e postar um texto, como já fiz em outra ocasião... Mas não será apenas uma analogia de algo referente à minha vida, mas será algo mais musical, pois quero compartilhar com vocês não só o momento que tenho passado, como também as músicas que tem servido de trilha sonora para minha vida nos últimos anos...
Bom, devo lhes contar primeiramente que sempre fui uma pessoa platonica, daqueles que um sorriso é o suficiente para imaginar um casamento, e graças a isso tive muitas desilusões amorosas... Até que finalmente, a última e mais recente me fez refletir e chegar à uma fatídica conclusão que nunca amei ninguém, e sim sonhos que criei, pessoas perfeitas que jamais me decepcionariam... Então comecei a pensar bastante sobre isso, e fazer minhas analogias, para de alguma forma, tirar algo positivo para minha vida, melhorando como pessoa também...
Parei para lembrar que o número 4 sempre teve uma certa importância na minha vida, na numerologia, representa a minha cor favorita [verde], entre outras coisas, e notei que foram quatro grandes desilusões que tive. Brincando comigo mesmo, comparei-os aos Cavaleiros do Apocalipse, mas logo minha mente começou a trabalhar e percebi não se tratar apenas de uma comparação boba, e sim uma analogia de verdade, e vou compartilhar minhas observações a respeito com vocês, assim como as respectivas músicas importantes para que vocês entrem no clima certo de cada desilusão...

OS QUATRO CAVALEIROS DO APOCALIPSE

São descritos pelo Apóstolo João como Peste, Guerra, Fome e Morte, e coincidentemente a ordem se encaixa perfeitamente nas características de cada desilusão, ou deveria dizer, ilusões...
A primeira das minhas ilusões, com apenas 13 anos... Imaginava alguém que poderia cumprir as promessas que fazia, que moraríamos juntos, que seríamos felizes... Mas é difícil para um garoto tão novo compreender que a pessoa em que acreditava amar não queria nada mais que se aproveitar fisica e financeiramente de você, até finalmente expor na sua cara que se envolvia com outras pessoas, tirando seu chão... E é aí que a peste se instala, enchendo seu coração de ódio contra as pessoas erradas... Como uma doença sabe, algo negro que vai tomando conta da sua mente, e lhe deixa incapaz de nutrir outros sentimentos... Fiquei uns bons anos da minha vida sendo frio com pessoas [isso inclui falecimentos de parentes queridos, para os quais nem demonstrei meus sentimentos pela morte...]. E além da frieza, um ódio se apodera de você... um ódio pela pessoa que você considera ter “roubado seu amor”...
Passei muitos anos me sentindo forte por ser frio, quando não percebia que estava na verdade corrompido... Mas lidar com a peste não afeta só a você, e sim o próprio objeto da ilusão [levando em conta que criei ilusões baseadas em pessoas], o qual acaba sendo vítima de miséria, doenças, e até um acidente grave que o deixou em coma... Ou seja, tudo ligado às doenças, à peste... E eu, cego pelo meu ego e orgulho ferido, só conseguia pensar “longe do meu domínio ele vai de mal a pior...”


Mas é claro que não era só o frio e o desprezo que dominavam meu coração, eu continuava a me preocupar com ele... Minhas ilusões são fortes o suficiente para permanecer por anos, e mesmo assim, nutrir alguma coisa depois... Foi quando num dia bonito, eu já indo para a faculdade, encontrei com a “raptora do meu amor” [sim, ele “me trocou” por uma menina rssrsr]. Minha educação me forçou a perguntar por ele, que se encontrava em coma na época... Então, desesperadamente ela começou a me contar tudo sobre o relacionamento deles, as coisas horríveis que ele fez e disse a ela, e agora ela teria que tomar conta dele, trocar suas fraudas... A idéia de que Deus não nos tira as pessoas, e nos poupa delas me veio à mente... Mas o que mais me tocou, foi quando a “raptora” revelou que sempre me admirou, por ter seguido um caminho totalmente diferente e melhor que minha ilusão... Imagine-se quebrado, foi como me imaginei, ao perceber que nutri ódio por alguém que me admirava durante todos esses anos... E então, finalmente pude me curar da primeira ilusão, encontrando forças em uma simples estrofe de uma música: “Be my bad boy, be my man/ Be my weekend lover/ But don't be my friend/ You can be my bad boy/ But understand/That I don't need you in my life again”…


Muito tempo depois, acredito ser capaz de “amar” novamente, quando não estava percebendo que apenas estava materializando minha segunda ilusão, o segundo cavaleiro, a Guerra... Nutri um sentimento tão fofo e puro, acreditando que o alvo dessa vez seria uma pessoa ingênua, na qual poderia confiar, poderia esperar algo a mais... Mas mais uma vez me iludi, e dessa vez não apenas por confiar nas minhas idéias errôneas, e sim por confiar demais nas pessoas... Confiei meu sentimento oculto às minhas “amigas”, que claro, provaram ser merecedoras do título ao ficarem ao mesmo tempo com ele e esconderem isso de mim... Palmas pra elas... Hoje em dia consigo associar essa minha ilusão perfeitamente à Guerra, pois graças a isso, uma grande raiva se instalou em meu coração, tão grande que me fez brigar seriamente com pessoas, me fez idealizar táticas e conspirações para até mesmo criar um namorado falso pra provar que era mais forte [pense em você criar algo tão bem feito que todos estavam acreditando, e até mesmo conseguiu fazer pessoas falarem com ele rsrs]... Mas como a maioria das guerras, essa foi sem fundamento e sem resultado, pois só conseguiu me deixar mais maluco e tive que parar de insistir nisso antes que começasse realmente a acreditar na existência de alguém que nem ao menos existia... Mas não só isso foi preciso para frear a guerra na minha mente... Observei que a pessoa que imaginava não existia... Porque mesmo depois de saber meus sentimentos, foi incapaz de uma palavra de compreensão, mostrando sua frieza... Claro que uma guerra sempre os dois lados perdem, e ele tb foi vítima de frieza por parte de outras pessoas... Alguém que se achava “único” e ficava ouvindo Only Girl se mostrou algo completamente frustrante e diferente do que imaginava...


Finalmente, chegamos à terceira ilusão, a Fome, a mais real e próxima que tive de algo de verdade... Não associo-o à fome apenas pela sua obesidade, mas por suas reclamações constantes relativas à minha “fome de sexo”... Se eu passasse a mão na cintura... já começava a discussão “Você só pensa nisso”... Aff... Eu acreditava que seria diferente, que seria real, nem tinha me preocupado com a condição precoce como tudo começou, para minha era tudo felicidade, até que finalmente ele começou a mostrar que era completamente diferente do que eu achava... Não o culpo por isso, afinal, a culpa foi minha de criar falsas expectativas, também não o culpo por me fazer mudar em certos aspectos, que realmente fizeram bem pra mim, me tornaram mais forte... Também não o culpo por sair todo fim de semana, viajar, ir pras boates, adicionar os outros dizendo que estava fazendo só amizade, ficar dando selinho nas amigas o tempo todo... Mentira, por isso eu o culpo sim... u_u rssrsr
E então, finalmente me dei conta que ele não era o tipo de pessoa que eu precisava, pois não era capaz de me dar estabilidade necessária... E como todos meus amigos recomendaram, acabei mandando tudo pra casa do caralho [nesses termos]...
Só há uma música que pode ser associada à este cavaleiro... Uma das mais bonitas da minha cantora favorita, que eu dediquei a ele um dia [e ele por sinal não deu a mínima rsrs]...


Passado isso, eu voltei a nutrir uma constante ilusão, já mencionada anteriormente no blog em outro texto... Porém, mantive essa ilusão com a desculpa de suprir a carência de outra pessoa, pois mesmo sofrendo pela presença, minha presença se fez necessária para este último...
Foi de fato um início de ano difícil, onde uma tristeza realmente me acometia...


Mas como bom pisciano, nunca deixo de acreditar nos meus sonhos... O problema é que meus sonhos são fortes o suficiente para me dominar... E mais uma vez me vi alimentando ilusões, mesmo que este último não me iludisse, não fizesse nada de mal, e já tivesse até outras pessoas... O problema, é que se manter próximo de alguém que “inspira uma ilusão” sua pode lhe causar muita dor... Mas depois de dois anos de ilusão, já tinha aceitado o fato da amizade inevitável e não tentaria mudar isso, mesmo com todos opinando para me afastar... Era como um vício sabe... Me sentia exatamente dessa forma, viciado...


Foi então, de uma forma simples e indolor, que pude perceber que ele não era a mesma pessoa que passei dois anos idealizando... Deixo claro que não o culpo, pois sua atitude é até normal... Mas não condiz com meus ideais de pessoa... Fui tomado por uma sensação tão estranha... Uma raiva de mim, uma sensação de vazio... E pude finalmente associar essa minha ultima ilusão ao último cavaleiro, a Morte... Não só por todos os prolemas de falecimento envolvendo a familia do inspirador, como também por atitudes que tomei buscando forças, que acabaram por me matar aos poucos [tal como fumar quando me sentia triste, buscando alguma força nas toxinas]... Mas percebi que o responsável pela minha morte emocional estava sendo eu mesmo, quando idealizava pessoas perfeitas durante todo esse tempo...
Cheguei em casa à noite depois do ocorrido, conversei bastante com amigos, deitei na cama e fiquei horas pensando... pensando sobre todas essas ilusões que criei esses anos... Pensando em quanto tempo insisti em pessoas que na verdade nem existiam... [o que me remete à música tema do último cavaleiro, que me induzia a cada vez tentar mais...]


Precisei me fechar por um tempo [uma semana pra ser mais exato]... Bloquei algumas pessoas momentaneamente, apenas para não ter contato tão direto e poder refletir melhor sobre os ocorridos... Claro que isso ocasionou algumas confusões rssr, mas tudo bem... Pois foi um tempo que tirei pra refletir sobre minha atitude, sobre minha vida... E claro, aproveitei pra ver uns filmes, em especial, a quadrilogia de Hannibal, a qual sempre tive curiosidade de assistir...
Logo de cara, o primeiro filme serviu perfeitamente para me iluminar naquele momento... A história trata de um psicopata que matava as mulheres e tirava suas peles, colocando um casulo de borboletas em suas gargantas... Com o auxílio de Hannibal, descobrem se tratar de um transexual, pois a borboleta significava a mudança em seu estado de espírito [spoiler, foi mal! Rssrrs]...
Não pude deixar de associar aquilo com minha vida [não, não vou virar psicopata rsrsrs]... Todo esse tempo em que passei sonhando com pessoas perfeitas, situações perfeitas, assemelha-se tanto com a fase larval dos lepidópteros, onde as lagartas sonham em voar... A fase que me encontrei quando refletia [e ainda encontro] como um casulo, onde tenho pensado bastante, mudado meu jeito de agir e buscado uma evolução mental e moral, deixando de julgar os outros, me preocupar com as atitudes erradas dos mesmos e acima de tudo deixar de criar fantasias com pessoas que não existem... até que finalmente eu possa “sair do casulo” e alcançar uma maturidade mental... Decidi então fazer algo que sempre tive vontade, e agora compreendo o porque... Estou estudando entomologia, com ênfase em lepidópteros, pois finalmente descobri o quando eles representam bem minha evolução mental...
E claro, não há nenhuma outra música que possa refletir tão bem como estou me sentindo agora, do que esse clássico:


Bom... após todas essas analogias da minha vida, me sinto um guerreiro por ter “derrotado os quatro cavaleiros do apocalipse” rssrsr... E aproveito para aconselhar a todos que estão lendo, que mesmo sob todas as hipóteses, sob todos os sofrimentos, não desistam, porque uma hora, de uma forma simples, nós percebemos o quanto somos especiais e que merecemos algo muito melhor do que nossas próprias ilusões podem nos oferecer... E além disso, há sempre um modo de tirar arte, textos, desenhos, experiência, ou qualquer outra coisa positiva de tudo isso...  Pelo menos aprendemos para não sofrermos mais... ^^
Obrigado...

ATUALIZAÇÃO - 12/06/13

Tava voltando do curso de francês ouvindo música, e lembrei que tinha esquecido de compartilhar com vocês a música que tava tocando exatamente na hora em que comecei a pensar nessas analogias todas referentes aos cavaleiros do apocalipse e ao número quatro... Espero que curtam... ;)


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